20080906

vivo um momento mágico


XI

despedi-me de ti
toquei na tua face com a minha face
a minha pele a tua pele

estive contigo
sentado ao teu lado
sentado a tua frente
ouvi-te rir
vi-te sorrir
ouvi a tua voz
olhei para as tuas mãos
vi-te olhar o mar
caminhei ao teu lado

soube que o universo tem 13,7 mil milhões de anos
— de repente tudo isso perdeu importância

gosto de te amar



XVII

passar o tempo sem ti é uma forma de pensar em ti
cubro a golpes a minha imaginação
pequenina e doce é de ti que quero o tempo
dos braços, abraços que virão de onde está o futuro

é calor que encontro na tua voz
a hesitação que transparece
as palavras cortadas por outras palavras

tudo em ti me encanta

és suave e forte ...tão forte... ...onda serena...



XIX

gostava de saber escrever
um poema que reproduzisse fielmente
a beleza de seres tu

agora é o tempo de estar comigo
quero escrever um poema de palavras grandes

vivo um momento mágico


Carlos César Pacheco, Agosto de 2006

8 comentários:

Anónimo disse...

Que lindo e que suave como uma onda que se estende na areia e que molha como se fosse um beijo ou a boca no mar.

Maria Clarinda disse...

Lindo! Adorei este poema.
Voltarei mais vezes.
Jhs

Paula Martins disse...

Muito agradeço o envio de trabalhos para o meu e-mail e desde já os meus parabéns por esses trabalhos tão sentidos.

Beijinhos
Paula Martins

* hemisfério norte disse...

fico pequena, diante da tua escrita
-
bj
a.

Carla disse...

a simplicidade enorme dos sentimentos permite palavras belas como estas
beijos

Renato disse...

Poema lindo.

Simplesmente... Mágico.

Abraços!

ROSA E OLIVIER disse...

fuerza...poeta!...e para ti...
"Velas do meu pensamento
aonde me quereis levar?"...!?...

SALUT!

Xinha disse...

neste instante eterno em que li o teu poema... também eu pensei que vivi um momento mágico !!

Xi-coração

Palavras nos meus poemas:

A minha foto
[autobiografia]


gosto principalmente de não fazer nada, assim deitado de costas, aguardo que as nuvens formem letras por cima da minha cabeça (cavalos, não! - se formarem cavalos, fico logo irritado, mesmo que chova em seguida); aprecio principalmente os textos ritmados , e se se trata de poesia, o soneto; quanto ao conteúdo, que esconda sob a singeleza aprofundada reflexão; e a música, a composição dos elementos para instrumentos naturais, que seja harmoniosa e com conteúdo formal; em suma, aprecio boa música e boa literatura (nada de modernices); também gosto de melancia.

Nota: todos os textos neste espaço estão registados no IGAC, mas podem ser livremente copiados, desde que me mencionem como autor, tenham o link http://forteondaserena.blogspot.com/ e reproduzam esta nota, sem alterações.
.
[biografia]

Não (se ?) sabe se nasceu. Segundo o pai: “nunca há-de ir a lado nenhum”. Não frequentou a escola de Belas-Artes. Frequentou, sem êxito perceptível, a faculdade de ciências. Segundo alguns familiares: “é egoísta e só pensa em si próprio”. ...linguagem... ...conceptual... ...som... (...de que é a forma do espaço agarrado por uma mão aberta...) Em Agosto de 1992, vestiu-se, comprou um jornal, leu diversos anúncios. Segundo o pai: “ainda não sabe o que anda aqui a fazer”. Não conheceu Feldman, Scelsi ou Nono. É quase cego, gastando por isso muito tempo a olhar. Diz frequentemente: «século xx», «trinta e cinco mil anos», «dezasseis mil milhões de anos». Não faz nada.

Não assistiu à conferência “A arte como modo de conhe­cimento” de Jacob Bronowsky nas A. W. Mellon Lectures in Fine Arts em 1969, na National Gallery of Art de Washington D. C.; Segundo o pai, "vai morrer a fome pois não gosta de trabalhar”. Não se sabe onde estava, em Maio de 1833; Apesar de gostar de estar sentado, gosta muito de andar de comboio; “Consciência” — conceito fundamental; Escreve e fala fluentemente português; Em 1997 viu uma árvore; Desenvolveu um sistema que lhe permite estar vivo sem que o pareça; Gosta de estar parado; Não gosta de dormir; Gosta de fazer.
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ao mar

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ou o silêncio