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[biografia]
Não (se ?) sabe se nasceu. Segundo o pai:
“nunca há-de ir a lado nenhum”. Não frequentou a escola de Belas-Artes. Frequentou, sem êxito perceptível, a faculdade de ciências. Segundo alguns familiares: “
é egoísta e só pensa em si próprio”. ...linguagem... ...conceptual... ...som... (...de que é a forma do espaço agarrado por uma mão aberta...) Em Agosto de 1992, vestiu-se, comprou um jornal, leu diversos anúncios. Segundo o pai: “ainda não sabe o que anda aqui a fazer”. Não conheceu Feldman, Scelsi ou Nono. É quase cego, gastando por isso muito tempo a olhar. Diz frequentemente: «século xx», «trinta e cinco mil anos», «dezasseis mil milhões de anos». Não faz nada.
Não assistiu à conferência “A arte como modo de conhecimento” de Jacob Bronowsky nas A. W. Mellon Lectures in Fine Arts em 1969, na National Gallery of Art de Washington D. C.; Segundo o pai, "
vai morrer a fome pois não gosta de trabalhar”. Não se sabe onde estava, em Maio de 1833; Apesar de gostar de estar sentado, gosta muito de andar de comboio; “Consciência” — conceito fundamental; Escreve e fala fluentemente português; Em 1997 viu uma árvore; Desenvolveu um sistema que lhe permite estar vivo sem que o pareça; Gosta de estar parado; Não gosta de dormir; Gosta de fazer.
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4 comentários:
Admiro a leveza dos seus versos, uma cracterística que já aprendi a admirar em todos eles.
Neste poema, o título já é indicador do que importa, a beleza, a alegria, ecos de infância...
Todos esses "sem significado" que guardam o sentido de nossas vidas.
Goso muito, gosto sempre dos seus versos.
beijos
Leve, descontraído. Bonito.
Abraços,
Cristina Martins.
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Surpreendida por me sentir em casa.
Se escrevesse gostaria de o fazer assim. Mas não, alinho letras para ter a certeza de que não escrevo.
Muito obrigada,
Mofina ou musa adormecida e outras mais, sempre a mesma (talvez)...
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