20081018
o verdadeiro espaço é o tempo vazio
3.
a história acaba aqui
sou o banco onde se senta o jardineiro
toledo aberto ao longe, no horizonte
/ rosas do meu jardim
15.
amo os homens
jardins incompletos que se fecham em leque
/ a minha máscara é um museu
4. amarelo
desejo a faca de um rio
os camponeses escondem-se por debaixo dos chapéus
o granito era o meu rosto
2.
trinta e dois lábios
gritam dos lados da américa
mãos que se estendem em vão
no azul tisnado de sangue
13.
são de pedra os rumores que sinto
ondas de cães
a estoirar
matilhas de bocas
fora e dentro do circulo
metamorfose
/ o verdadeiro espaço é o tempo vazio
Carlos César Pacheco, 2005 - Agosto 17 e 19, Outubro 4
Etiquetas:
2005,
O Grande Violador
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14 comentários:
quando o tempo se esvazia no tempo enchem-se palavras no coração dos homens, onde crescem todos os jardins
Bonito!
Particularmente o último. Intenso.
Uma boa continuação!
Abraço
n sei o q dizer alem de:
espero q este seja o ultimo post.
pra eu comentar agora, n por que seja errrado e deva acabar...
parece q vc sabe: nada abaca, estah soh por comecar...
uma etc. atras da outra:
asssim vamos vivendo:
ainda n sei por que...
e sei q vc sabe q deveria ter um acento aqui, sei...
o agora eh soh aqui...
tardio...
putz, errei qualquer coisa
e pior, sei disso...
Fico com a sensação, sempre que leio a sua poesia que brinca com os espaços de uma folha em branco, onde vai construindo labirintos de palavras onde nos perdemos. Propositado ou não, torna-se difícil acompanhar a sua poesia como se deixasse ao leitor uma obrigação de completar os mesmos espaços vazios, que nos fazem prisioneiros do pragmatismo diário e da falta de sentido da existência humana e quem sabe da própria vida...
A sua poesia em vez de me fazer viajar por outras paragens, prende-me à folha branca cruel, incisiva e agressiva até ao olhar, qual luz branca e intensa que cega!
Abraço de amizade
e as palavras não acabam aqui, porque nos trazes outras que nos levam a outras
Sem dúvida impressionante.
Faz-me voar, uma autêntica borboleta.
Jinhos
"Gosto principalmente de não fazer nada, assim deitado de costas, aguardo que as nuvens formem letras por cima da minha cabeça (cavalos, não! - se formarem cavalos, fico logo irritado, mesmo que chova em seguida); aprecio principalmente os textos ritmados , e se se trata de poesia, o soneto; quanto ao conteúdo, que esconda sob a singeleza aprofundada reflexão; e a música, a composição dos elementos para instrumentos naturais, que seja harmoniosa e com conteúdo formal; em suma, aprecio boa música e boa literatura (nada de modernices); também gosto de melancia"
Gostei.combina com a sua poesia(nada de modernices!!!!!!)
Muito belo o que escreves. E o verdadeiro espaço o que será? As coisas começam aqui e vão por ai, sem que e entenda o lugar que lhe está atribuido. Horizontes de tensão...
Um abraço grande
Jorge
abraço carlos
ca vamos cantando e rindo
autobiografias e outras tretas :)
Bello tu espacio y bella poesìa.Un abrazo desde Argentina!
na verdade acredito que o melhor é um destes dias ficarmos todos em silencio.
na procura de um poema completo.
como diz o outro rapaz...
ja nao há muito para dizer
os poemas esgotam-se em si mesmo.
no escuro
no vazio
abraço
cf
Imagino que para "parir" poemas assim, e eu o tenho exercitado, é necessário uma grande habilidade de abstração. Estou certo, será?? Nem racionalizar, nem perder o "fio da meada"... assim é que penso!!
Abçs!!
Sinceramente não sei. Os poemas aparecem prontos. Apenas tenho que escrever depressa antes que desapareçam.
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