às vezes é preciso um dedo apontado
para acordar outros dedos
muitos dedos apontados são uma ameaça séria
por isso se faz tanta algazarra
/ à volta dos anéis
Carlos César Pacheco, 7 de Julho de 2008, 23h27
Adenda a comunicação sem palavras, em busca da estabilidade criadora:
a grande interrogação
2.
o mundo não pode ser assim
um lugar inóspito
onde os ricos se perdem na sua riqueza
e a maior parte da população sobrevive alienada
onde impera a injustiça, a sobrevivência
deus não existe
isso é seguro - sei com tranquilidade
o que fazer com a minha vida?
o que fazer com o tempo que me resta?
/ não sei
3.
sou um colaboracionista
/ o grande colaboracionista
os novos instrumentos de libertação
afinal transformam-se em grilhetas
de maior injustiça
auto-estradas da informação
auto-estradas da desigualdade
para que sirvo?
/ um condutor de homens exímio
numa estrada sem sentido
libertação pelo conhecimento?
5.
onde está o movimento livre?
qual o gesto útil?
castelos de areia, mês após mês
soldado do capital
absolutamente perene
/ sem significado
o que é real?
Carlos César Pacheco, 27 de Julho de 2007, 18h00
20080719
sobre a comunicação sem palavras
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6 comentários:
São tantas as questões que me pergunto é que o real se confunde aqui com a imaginação...
...leio-te as perguntas, em busca das respostas que teimam em ficar escondidas dentro de mim
gostei detse teu espaço, com tempo quero conhecer os outros
beijos e obrigada pela visita
Apesar da letra ser pequeníssima, o poema é lindo!
Parabéns!
Abraço
Muito belo o que escreves. Grato por me teres adicionado. Tens sempre a porta aberta e és sempre bem-vindo.
Boa semana para ti.
Abraço
Jorge
Estamos plenamente mergulhados em poesia "de primeira água"...
Parabéns!
José Jorge Frade
Olá gostei muito de tudo o que li , vou continar atenta á tua escrita .
Parabéns
Luisa Raposo
o real
é o palpável
é a vi
são
os cobertores/cartão
a mão esguia
o vazio
do ali mento
a miséria
bj
a.
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